Crianças autistas no isolamento social: dicas importantes para as famílias

É muito importante desenvolver estratégias que visem preencher os horários das crianças autistas no isolamento social

Crianças autistas no isolamento social. Para os pais de crianças autistas e para as mesmas principalmente, o isolamento tende a ser um pouco mais complicado.

Fisicamente não existe nada que diferencie um autista dos demais em relação ao coronavíravirus. Não há no autismo características relacionadas a menor imunidade, que os torne mais vulneráveis aos danos. O problema vem nos aspectos sociais e comportamentais da criança com autismo.

As características básicas do autismo estão ligadas à comunicação, dificuldade de interação social e alterações comportamentais. Autistas tem necessidades de rituais e rotinas. Os rituais, bem como as estereotipias, os ajudam a se manterem emocionalmente organizados.

Neste período em que são necessárias mudanças de hábitos, obviamente há um grande prejuízo em suas atividades diárias. Autistas que tenham em sua rotina diária atividades que demandam sair de casa, podem apresentar problemas com a necessidade de ter que permanecer isolado.

Como manter a rotina em casa?

“Estamos orientando as mães a fazerem algumas terapias de seus filhos online. O mais importante é manter a rotina. Se na segunda ele tinha musicoterapia, a mãe pode organizar atividades relacionadas para ocupar essa tarde. Se na terça a agenda tinha fono, poderá fazer fono on line. Além disso tenho orientado em especial, uma dieta restrita de telas. Todas as telas: telefone, computador, televisão, livros..” – diz a Dra. Gesika Amorim, pediatra e neuropsiquiatra infantil, referência no Brasil no Tratamento de TEA- com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo.

Ela explica que os autistas se acalmam diante das telas, mas que estas geram uma dependência muito grande nas crianças autistas. Quanto mais tempo permanecem em frente às telas menos interagem com o mundo ao redor e mais dependentes se tornam destas. Assim, a mãe deve ter um contato estreito com o neuropsiquiatra e os múltiplos terapeutas a fim de ajuda-la com estes fatores.

Hábitos de higiene, como o de lavar as mãos, podem também ser motivo de estresse. Pode ser difícil o ato de não tocar o rosto e as mucosas, pois isto pode ser um ritual.

É importante que a família explique para a criança autista todos os passos do que deve ser feito para lutar contra a pandemia e o que deve acontecer depois. A utilização de imagens pode ser muito positiva. É importante saber que os autistas compreendem o que lhes é comunicado, ainda que eles não respondam ou se comuniquem.

A epidemia do coronavírus tem demandado mudanças profundas nos hábitos das famílias. Para as crianças autistas no isolamento social, a adaptação será trabalhosa e caberá a quem estiver próximo, contribuir ajudando-os a também fazer sua parte nesse esforço coletivo.