Categorias: Exposição, Gratuito, Museu, Passeios

Exposição com obras do maior acervo de desenhos e gravuras do mundo chega ao Instituto Tomie Ohtake

Procurando por um passeio cultural e educativo para levar as crianças? De 2 de setembro a 20 de novembro, o Instituto Tomie Ohtake trará para São Paulo uma mostra incrível intitulada “O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina”, com obras provenientes do maior acervo de desenhos e gravuras do mundo. A entrada é gratuita, então já anote na agenda para levar toda a família!

A seleção das 154 peças para essa mostra é mais um esforço da instituição paulistana de dar acesso ao público brasileiro a uma coleção de história da arte, não disponível em acervos do país. As obras pertencem ao The ALBERTINA Museum Vienna. Fundado em 1776, em Viena, o museu conta com mais de um milhão de obras gráficas.

A exposição

Com trabalhos de 41 mestres, a exposição Do Renascimento à Contemporaneidade reúne mais de dez trabalhos de artistas célebres. A ideia é que o espectador tenha uma visão abrangente de suas respectivas produções em série sobre papel. 

O recorte apresentado traça um arco, com obras de 1466 a 1991, desenhado por artistas marcantes em suas respectivas épocas democratizou ao longo de cinco séculos o acesso à arte. O conjunto de obras consegue refletir parte do pensamento, das conquistas e conflitos que atravessaram a humanidade no período.

Destaques

Cenas camponesas, paisagens, a expansão do novo mundo pautado pela razão e precisão técnica destacam-se nas calcogravuras (sobre placa de cobre) de Andrea Mantegna (1431–1506), as mais antigas da mostra, de Pieter Bruegel (1525–1569) e nas xilogravuras de Albrecht Dürer (1471¬–1528), pioneiro na criação artística nesta técnica, cuja obra “Rinoceronte” (1515) dá nome à exposição. 

O artista, sem conhecer o animal, concebeu sua figura somente por meio de descrições. O processo fez com que Ticiano (1488 – 1576) fosse o primeiro a permitir a reprodução de suas obras em xilogravura por gravadores profissionais. Já a gravura em ponta seca possibilitava distinções no desenho. E atingiu o ápice nas obras de Rembrandt (1606–1669). Que acrescentou aos valores da razão renascentista a sua particular fascinação pelas sombras.

Nos séculos XVII e XVIII, possibilitou-se com a meia tinta, o efeito esfumado, e com a água tinta, a impressão de diversos tons de cinza sobre superfícies maiores. Francisco José de Goya y Lucientes (1746–1828) foi um dos mestres desta técnica. Ele aprofundou a questão da sombra em temas voltados à peste e à loucura. Enquanto Giovanni Battista Piranesi (1720–1778) tem a arquitetura como tônica de suas gravuras em água forte, na mesma técnica Canaletto (1697–1768) constrói panoramas de Veneza.

Outros nomes da história da arte moderna

A exposição, realizada com a colaboração da Embaixada da Áustria no Brasil, reúne outros nomes seminais da história da arte moderna, como Paul Klee (1879–1940), além e um conjunto de várias fases de Pablo Picasso (1881–1973), Henri Matisse (1869–1954), Marc Chagall (1887–1985); alcança ainda artistas pop, que se utilizaram particularmente da serigrafia a partir de 1960, como Andy Warhol (1928–1987), até chegar nos mais contemporâneos como Kiki Smith (1954–), além de outros mestres do século XX.

Serviço Passeios Kids

Exposição O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina – Coleção Museu Albertina, Viena

Data: De 2 de setembro a 20 de novembro, de terça a domingo

Horário: Das 11h às 20h

Local: Instituto Tomie Ohtake

Endereço: Av. Faria Lima 201 – Complexo Aché Cultural (Entrada pela Rua Coropés, 88) – Pinheiros, São Paulo – SP 

Valor: Gratuito

Metrô mais próximo: Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Site: www.institutotomieohtake.org.br

Publicidade

Família no Parque