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Retorno às aulas em São Paulo será em setembro e com 35% da capacidade

Retorno às aulas em São Paulo será em setembro e com 35% da capacidade. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa no Palácio do Bandeirantes nesta quarta-feira (24/06). O retorno às aulas presenciais no estado será realizado em 3 fases e tem previsão de acontecer a partir do dia 8 de setembro. As instituições de ensino poderão operar com apenas 35% da capacidade máxima de lotação na primeira fase. A medida é válida para escolas públicas e privadas e contempla todas as etapas de ensino.

“Construímos um plano com protocolos bem definidos de distanciamento social, monitoramento de saúde dos alunos, higiene pessoal e dos ambientes escolares, para garantir essa segurança, repito, nas escolas publicas municipais, estaduais e também a recomendação para as escolas privadas em todo o estado de São Paulo”, explicou o governador João Doria (PSDB).

O plano foi construído levando em consideração o estado da pandemia em São Paulo e também os exemplos internacionais. Segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, o início da medida depende que todas as regiões estejam por 28 dias na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo. Já o retorno completo só acontecerá quando todos os departamentos regionais estiverem na fase 4 de reabertura. Conheça AQUI o plano São Paulo.  “Se uma região regredir, vamos tratar aquela região, mantendo o estado aberto”, afirmou Soares.

O secretário estadual de Educação ressalta que as orientações são válidas para todo o sistema educacional, desde a educação infantil até o ensino superior. “É importante falar aqui que este protocolo não é para rede estadual e, sim, para o sistema educacional do estado de São Paulo, desde a educação infantil até o ensino superior, que somam esses 13,3 milhões, incluindo o que a gente chama de educação suplementar aqui, que são cursos de inglês, e outros cursos livres que são propostos por inúmeras instituições”, complementou.

Conheça o plano de educação que é dividido em três fases:

Etapa 1 (a partir de 8 de setembro) – até 35% dos alunos de forma presencial

Etapa 2 (ainda sem data definida) – Até 70% dos alunos

Etapa 3 (ainda sem data definida) – Até 100% dos alunos

“Na etapa 2, nós migraremos então para 70%. Na verdade a etapa 3 é o novo normal, é quando todos já retornaram à escola. Nós estamos próximos deste novo normal, com os novos cuidados, novos aprendizados”, defendeu o secretário.

“Esta regra, ela é fundamental, ela é, como eu estou chamando, de uma regra de ouro para ser cumprida por todas as instituições. Isto vale, logicamente com alguma exceção para a educação infantil. Isso vale pra todas, rede municipal, rede estadual e redes privadas, em todas as instituições”, segundo Soares.

Retorno às aulas em São Paulo será em setembro: distanciamento social

O protocolo apresentado pelo governo explica que as escolas terão que cumprir uma série de medidas para evitar o contágio entre os alunos. Alguns deles são:

Distanciamento obrigatório de 1,5 m entre as pessoas.

Organização de horários de entrada e saída dos alunos para evitar aglomerações,  fora do horário de pico. E principalmente do transporte público.

Atividades devem ser realizadas ao ar livre e recreio em revezamento de turmas. Educação física também deverá manter o distanciamento.

Atividades de educação física, artes e correlatas podem ser realizadas mediante cumprimento do distanciamento de 1,5m e preferencialmente ao ar livre. Além do cuidado com a higienização dos equipamentos.

Uma das recomendações da Secretaria é que seja feita a aferição da temperatura dos estudantes e profissioais na entrada da escola. Não será permitida a permanência de pessoas sintomáticas para a covid-19 na instituição de ensino. Pais e responsáveis devem aferir a temperatura dos estudantes antes de irem para a instituição. Em caso de um aluno com febre, o isolamento será realizado até que um responsável possa buscar na escola. Todos aqueles que fazem parte do grupo de risco devem ficar em casa.

“Vamos trabalhar em conjunto para que nenhum aluno fique para trás e por isso trabalharemos em três fases: acolhimento sócio-emocional, recuperação — identificar em que nível estão —  e prevenção do abandono e evasão escolar, o que mais preocupa neste momento”, afirmou Rossieli. A Secretaria também deve fazer a busca ativa de estudantes.

Retorno às aulas em São Paulo será em setembro: cuidados

Todos deverão usar máscaras tanto estudantes como funcionários. A Secretaria informa que máscaras deverão ser distribuídas no retorno. Cada aluno e cada profissional deve ter uma caneca para tomar água, os bebedouros serão vetados.

Necessário que as escolas façam a higienização das salas de aula e superfície que serão tocadas pelos alunos. As famílias deverão ser informadas sobre o calendário de retorno e os protocolos de higiene com no mínimo 7 dias de antecedência.

As aulas deverão ser realizadas com as portas abertas e o espaço ventilado. Atendimento aos familiares deverá ser realizado via meios digitais.

Retorno às aulas em São Paulo será em setembro: Recuperação

O secretário também informou que o plano de recuperação deverá seguir até 2022, com material didático pensando no modelo híbrido, com aulas online e presenciais. “Há um impacto muito claro na educação. Até o final de 2022 é quando imaginamos que conseguiremos equilibrar a questão do aprendizado e, claro, o papel do professor é insubstituível”, afirmou Rossieli.

As regras para a educação infantil ainda não foram definidas. “Temos preocupação de que voltem, mas que os protocolos sejam rígidos para proteção de todos”, observou Rossieli.

Para o transporte escolar está previsto um afastamento entre os estudantes, possivelmente intercalando as cadeiras.

Retorno às aulas em São Paulo será em setembro: ENSINO SUPERIOR

Atualmente, as aulas das escolas estaduais estão sendo transmitidas por meio do aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP). E também dos canais digitais 2.2 – TV Univesp e 2.3 – TV Educação. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a pasta arca com os custos dos planos móveis de internet para que alunos e professores tenham acesso ao conteúdo.

No entanto, muitos pais reclamam de dificuldades para acessar as plataformas digitais. Sem acesso à internet, celular, TV e computador, muitos alunos não têm acompanhado as aulas. No caso das escolas particulares, o protocolo de funcionamento está pronto desde maio e prevê uma série de medidas, entre elas, suspensão de atividades coletivas, redução do número de alunos em salas de aula e aferição de temperatura.

Além disso, as instituições preveem também uma avaliação do nível de aprendizado dos alunos, ampliação da jornada diária e reposição das aulas aos sábados e em turnos alternativos.

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