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Precisamos ficar atentos! Conteúdos do YouTube estão enganando os pais

Uma matéria publicada pelo Jornal O Dia, do Rio de Janeiro (Leia na íntegra AQUI) alerta os pais para o fenômeno Elsagate – em alusão à Elsa de Frozen e ao escândalo político Watergate – o qual criadores mal-intencionados disseminam vídeos no YouTube que são supostamente feitos para crianças, mas que escondem conteúdos violentos e sexuais, o que inclui cenas com agulhas, insetos, abuso, espancamento, aborto, escatologia e outros temas inapropriados para o público infantil.

Para vocês terem ideia da gravidade, um estudo realizado em conjunto por pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, constatou que as crianças estão cada vez mais acessando esse tipo de conteúdo que usa personagens infantis populares, como Peppa, Homem-Aranha, Elsa e Anna de Frozen, Mulher Maravilha, Coringa, entre outros, para atrair a atenção da criançada. Os vídeos estão no YouTube sem censura e são marcados por palavras-chaves infantis.

Segundo publicado no Tecmundo (leia matéria na íntegra AQUI), os pesquisadores avaliaram vários conteúdos dos três países, que foram vistos mais de 37 bilhões de vezes, e perceberam que o teor dos vídeos é enganoso, já que alguns começam muito parecidos com os programas infantis normais. Dessa forma, uma criança que entra para assistir um desenho normal pode acabar sendo levada a estes vídeos através da reprodução automática do site, que procura vídeos relacionados através das palavras-chave. Como o conteúdo vem disfarçado de infantil, os responsáveis pela criança podem não perceber o que está acontecendo logo de cara.

Outro ponto que merece atenção é que muitas crianças acessam conteúdos que não são permitidos para suas idades através do uso da conta de seus pais.

E qual é o grande problema?

Além de as crianças acabarem replicando o que estão vendo, Elaine Vidal, que é coordenadora de graduação em Comunicação do Ibmec e leciona Criação e Produção para Mídias Digitais na UFRJ, explica em entrevista ao jornal O Dia outro aspecto alarmante. Como os vídeos não são monetizados — ou seja, as visualizações não geram receita para o autor —, e são muito bem produzidos, o que costuma custar caro, é bem provável que haja relação com redes online de pedofilia.

O que fazer?  

Por aqui o que fizemos para tentar minimizar esse problema foi baixar o aplicativo YouTube Kids, que exclui categorias específicas de serem promovidas ou terem propagandas veiculadas. Porém, mesmo assim, alguns vídeos falsos que imitam os personagens infantis podem ser encontrados até na versão infantil do serviço, alertam os pesquisadores.

Por esse motivo, o melhor mesmo é ficarmos sempre atentos ao que os nossos filhos estão assistindo e também ao comportamento deles, que pode mudar ao assitir um vídeo desses. Uma brincadeira nova surge e já é possível perceber uma mudança na forma como ela é conduzida.

E por último, mas não menos importante, saia mais com seu filho de casa e procure levá-lo a locais que tenham atividades que ele se interesse, conseguindo assim tirar o foco de tablets e celulares mais horas por dia. Quem sabe no retorno do passeio ele dorme e nem queira acessar o YouTube. 🙂

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Família no Parque