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Por que visitar Inhotim com crianças? Saiba como foi a nossa experiência e programe-se

São muito os motivos para levar as crianças para visitar o Instituto Inhotim, uma viagem em família que será inesquecível e imperdível para quem visita Minas Gerias. De todas as viagens que já fiz essa foi uma das mais surpreendentes. E os motivos são muitos. O Instituto Inhotim é lindo, organizado, possui uma beleza inspiradora e uma experiência única para pessoas de todas as idades, incluindo os pequenos. Afinal arte contemporânea é uma ótima pedida para crianças. Surpreendente, criativa e muitas vezes interativa, propõe experiências divertidas e curiosas. Veja o vídeo para você ter a mínima ideia do que estou falando:

Decidimos ir de carro, partindo de São Paulo. Primeiro passamos alguns dias com a família em uma cidadezinha que fica a 3 horas de Belo Horizonte. Depois precisávamos escolher aonde nos hospedaríamos. Em Brumadinho, que fica bem próximo a Inhotim, que já tem uma estrutura bacana para as famílias,  ou em Belo Horizonte, a cerca de uma hora do maior museu a céu aberto da América Latina. Nas nossas pesquisas e na conversa com amigos descartamos Brumadinho, pois tínhamos mais parentes para visitar em Belo Horizonte e queríamos explorar um pouco da capital mineira.

Então, Belo Horizonte seria a escolha. Porém no meio do caminho descobrimos que Contagem fica próxima às duas cidades e decidimos nos hospedar no Actuall Hotel e Eventos, que está  situado na Rodovia Fernão Dias, BR 381. O hotel possui uma ótima relação custo x benefício com quartos confortáveis, tv a cabo e wi-fi com boa conexão. Além disso, fica próximo ao restaurante Tradição de Minas, um dos melhores da região para famílias com filhos e que adoramos (possui área kids), de shoppings e hipermercados. Veja AQUI como foi a nossa experiência

E para quem vai a Inhotim, o Actuall oferece pacotes especiais que incluem a viagem ao local, alimentação e livre acesso a toda a estrutura do hotel, que é ideal para quem vai passar o dia passeando e volta apenas para dormir.

Nossa experiência em Inhotim

Escolhi ir a Inhotim em uma sexta-feira. Estava bem cheio, o que é comum nos meses de Julho e Janeiro, feriados e finais de semana. O dia estava lindo, o que tornou o nosso passeio ainda mais especial – difícil curtir o museu em dias muito frios e com chuva, principalmente com crianças. Por isso é importante checar a previsão do tempo antes de sair.

A primeira sensação que tive foi: Que lugar IMPRESSIONANTE! Acredito que esse seja o melhor adjetivo para descrever Inhotim. E poder proporcionar essa experiência para a Lulu me deixa ainda mais feliz. Talvez ela não se lembre quando crescer, mas para isso temos fotos, vídeos e a possibilidade de retornar.

Inhotim é enorme e por isso não deixe de pegar o mapa logo na entrada e dar uma geral nele. Atualmente o local possui 140 hectares e um dia é pouco para conhecer tudo, principalmente com crianças. Assim, aproveite ao máximo seu tempo! Você pode escolher fazer o passeio nos carrinhos, o que recomendo muito quando se tem filhos pequenos e idosos no grupo. Eles não te levam para todos os lugares, mas facilitam demais a visita.

Na recepção há banheiros, bebedouros e as lojas institucionais do Inhotim para você levar uma lembrança ou adquirir algo que esqueceu para o passeio. É importante ir com roupas e sapatos confortáveis, já que há trechos com subida, calçamento de pedra e passagens por dentro da mata. Além de uma mochila com boné ou chapéu, protetor solar, óculos de sol, capa de chuva e sombrinha, caso a previsão seja de tempo instável.

Apesar de não ser permitido entrar com comidas e bebidas em Inhotim, leve uma garrafinha de água e encha em um dos bebedouros espalhados em pontos estratégicos do parque, como a recepção, a saída da Galeria Adriana Varejão ou a entrada do jardim de letras da artista Marilá Dardot. Caso goste de anotar tudo, um bloquinho e caneta te ajudam a fazer um diário de viagem detalhado.

Ao entrar foi impossível não tirar fotos nos bancos de madeira dos mais variados formatos e que encantam as crianças que querem subir e brincar neles. Seguimos pela Alameda Central e nos deparamos com a Tamboril, árvore que é um dos símbolos do Instituto e que rende imagens lindas.

 

Continuamos pela esquerda, atravesse uma ponte e você encontrará a Galeria Cildo Meireles, que é uma das mais antigas do Instituto. A obra “Através” empolga as crianças com cacos de vidro, grades, cortinas e outros materiais do cotidiano que formam um labirinto e fazem refletir sobre as barreiras do dia a dia e a maneira como as pessoas se relacionam com elas. No mesmo complexo visitamos o quarto Vermelho e Lulu adorou. A cor desperta mesmo sensações diferentes em todos.

Neste mesmo complexo há uma galeria, também do artista, feita com redes usadas para fazer luvas de açougueiro e que transmitem uma mensagem linda sobre liberdade. Peça para funcionário que fica no local te contar. Eu me emocionei, pode ser que você também fique com os olhos marejados.

Saindo de lá e seguindo as recomendações do próprio site (a partir daqui reproduzo praticamente à risca as dicas) fomos em frente e, à nossa direita, encontramos uma casinha branca que a princípio você não dará nada, mas aguarde até chegar na entrada – é necessário contorná-la. À primeira vista vazia, a construção (que data de 1874 e é a mais antiga edificação remanescente da propriedade rural que deu origem ao Inhotim) abriga no teto uma instalação da artista Rivane Neuenschwander. Uma das referências usadas por ela para desenvolver o trabalho foi sua própria infância, quando observava o céu e as nuvens em busca de figuras. Deitei no chão e nos degraus da escada com a Lulu e descobri várias  imagens sendo formadas.

Continue o passeio subindo em direção à Galeria Adriana Varejão. No caminho, você vai encontrar banheiros e uma lanchonete, que pode servir como ponto para um lanchinho. Siga pela direita em direção à Cosmococa. Passe pelo Jardim das Veredas Tropicais, com incríveis bancos do designer Hugo França, e pela obra Troca-Troca (2002), do artista Jarbas Lopes, composta por três fusquinhas coloridos.

Um pouco mais a frente está o prédio que abriga as cinco salas sensoriais de Hélio Oiticica e Neville D´Almeida. Pode ser que a fila esteja grande, mas espere porque vale a pena (sente-se no gramado e aproveite para conversar, conhecer outras famílias e descansar). Espumas geométricas, balões coloridos, redes, colchões e, para deixar tudo ainda mais divertido, uma piscina com luzes de led, se não me engano, que deixa a criançada “maluca”! Você pode dar um mergulho se quiser, pois o Instituto disponibiliza toalhas para quem se aventurar a entrar. Não entramos, mas fiquei com vontade.

Depois dessa incrível experiência, mostre para as crianças a variedade de espécies botânicas ao redor, especialmente de palmeiras e aráceas, famílias de plantas que o Instituto coleciona. Continue subindo em direção à obra Beam Drop Inhotim (2008), do artista Chris Burden. Ao chegar ao topo, você vai encontrar, do lado direito, as vigas que o artista lançou ao chão de uma distancia de 45 metros, em uma ação performática que durou 12 horas (confira o vídeo aqui). Lulu gostou tanto que quis tirar foto.

Seguindo o caminho, está a Piscina (2009), do argentino Jorge Macchi. Mas antes de chegar nela pare para observar os pés de jaca e você pode comer se conseguir pegar alguma do pé.

O trabalho foi realizado a partir de uma aquarela surrealista do artista, que propunha uma caderneta de endereço em que o índice era a escada para uma piscina. O Inhotim convidou Macchi a reproduzir o trabalho em três dimensões, resultando em uma construção que pode ser usada pelos visitantes. Na mata ao lado dela, há um vestiário com toalhas gratuitas e banheiro, por isso, se jogue com a turma!

Revigorado do calor, caminhe em direção às montanhas até um galpão de jardinagem. Lá e em todo seu entorno estão vasos em formas de letras que fazem parte A Origem da Obra de Arte (2002), de Marilá Dardot. O trabalho convida o público a plantar sementes nesses recipientes e transformá-los em palavras espalhadas pelo campo. Nomes, sentimentos, promessas e desejos sempre compõem a paisagem. Ajude as crianças a deixarem seu recado também e não se esqueça de fazer uma foto. Se for compartilhá-la na internet, use #inhotim, assim o seu registro irá aparecer para quem pesquisar imagens do parque. Siga desvendando as galerias do parque ou, se a fome apertar, faça uma parada em um dos restaurantes do Inhotim, com menus variados.

É possível fazer um Tour Virtual pelo parque. Acesse AQUI

Serviço Passeios Kids:

Endereço: Rua B, 20, Brumadinho – MG

Horários:

Parque
Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30

Loja
Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30

Restaurante
Terça a sexta-feira: 12h às 16h
Sábado, domingo e feriado: 12h às 17h

Valores:

Parque

Terça, quinta, sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 40,00* (inteira).
Quarta-feira (exceto feriado): entrada gratuita**
Fechado às segundas-feiras

*A partir do dia 05/09/2017, o valor do ingresso será de R$ 44,00 (inteira).
**Visitas escolares devem ser agendadas com antecedência, especialmente na quarta-feira.
Entrada gratuita para crianças de até 5 anos

Compre seu INGRESSO antecipado AQUI.

Restaurantes

Tamboril: Restaurante de culinária internacional integrado aos jardins do Inhotim com opção de buffet livre por R$ 79,00 – incluindo a sobremesa.

Oiticica: Com vista para o lago, o Restaurante Oiticica oferece refeições self-service (R$ 43,00/kg).

Café do Teatro: Ambiente ideal para degustar um café ao lado do Teatro Inhotim. No cardápio, bebidas quentes e geladas, sanduíches, pães e bolos artesanais.

Transporte:

O parque possui um serviço de transporte interno com carrinhos elétricos. O transporte funciona de terça a sexta das 10h às 16h e finais de semana e feriados das 10h às 17h.

Valor (com rotas pré-determinadas): Terça-feira a domingo: R$ 28,00. Crianças de até 5 anos não pagam.

Valor (transporte exclusivo): Um carrinho elétrico com motorista fica à disposição dos visitantes durante um dia de visita ou no período de uma hora. Carrinho para 5 pessoas: R$500 diária / R$200 por hora. Para adquirir o serviço, envie sua mensagem para a Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim.

 

Telefone: (31) 3571-9700
Formas de pagamento: Dinheiro, American Express, Elo, Mastercard, Visa e Vale Cultura da bandeira ALELO
Telefone: (31) 3571-9700
Acessibilidade:

O Inhotim possui diferentes tipos de pisos e nivelações variadas. Algumas galerias e obras de arte também apresentam características que limitam o acesso. Além de empréstimo de cadeira de rodas, o Instituto disponibiliza cinquenta minutos de transporte interno gratuito, sujeito à disponibilidade, para visitantes com deficiência e/ou mobilidade reduzida. O agendamento deve ser feito na recepção no dia da visita.

Regras de visitação:

Alimentos e Bebidas

Não recomendados a entrada no parque com alimentos em geral e bebidas alcoólicas, buscando a conservação do espaço e dos acervos botânico e artístico.
Não é permitido fazer piquenique no parque. Os espaços destinados a alimentação estão indicados no mapa e podem ser informados pela equipe de monitores.
Não é permitido alimentar os animais do parque.

Fotografia

É permitido fotografar e filmar no interior das galerias de arte e nas áreas externas do parque, desde que respeitadas as seguintes regras:

  • Só é permitida a produção de imagens para fins pessoais.
  • Nenhuma imagem (foto ou vídeo) pode ser distribuída, reproduzida, vendida ou utilizada para fins comerciais ou institucionais sem autorização do Inhotim.
  • Não é permitido o uso de flash no interior das galerias.
  • Não é permitido o uso de tripé, pedestal ou qualquer outro suporte para câmeras no interior das galerias.
  • Não é permitida a realização de sessão de fotos profissionais no interior das galerias.
  • Para garantir a experiência de todos, ao fotografar ou filmar não é permitido obstruir a passagem dos demais visitantes.
  • Não é permitida a entrada no parque com drones.

Regras Gerais

  • Não é permitido entrar com animais domésticos no Inhotim.
  • Não é permitido entrar com brinquedos ou instrumentos musicais.
  • Não é permitido entrar com bicicletas, patins e outros equipamentos esportivos.
  • O visitante deve evitar se aproximar dos lagos e dos animais.
  • Não é permitido tocar as obras de arte. Quando for possível interagir com alguma obra, os visitantes serão informados pelos monitores.
  • É proibido o uso de telefones celulares nas galerias.

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Família no Parque