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Amamentação: como o pai pode ajudar na prática uma mãe que está amamentando

Enfermeira obstetra explica a importância da participação ativa do pai na amamentação e como tornar essa fase mais tranquila para a mãe

Muitas vezes quando se pensa em amamentação a ideia é de que ninguém pode ajudar, afinal isso é uma questão entre o bebê e sua mãe. De fato, quem amamenta não pode receber ajuda para tal; mas existem muitas coisas que a rede de apoio e o pai podem fazer para auxiliar nesse processo. A enfermeira obstetra pela UNIFESP Cinthia Calsinski explica a importância da participação ativa do pai na amamentação.

Já nos primeiros dias, caso a amamentação não se apresente um pouco melhor a cada dia; é importante considerar uma ajudinha extra: uma consultora de amamentação. Algumas opções para fazer acontecer são: procurar um banco de leite próximo a residência; retornar ao hospital onde o bebê nasceu ou contratar uma profissional que vá até a residência. Ajuda nesse momento é fundamental.

Felizmente, vivemos um cenário diferente de anos atrás. Uma grande parcela dos homens já se mostra mais participativa com os cuidados dos filhos. Mas ainda assim, muita coisa precisa mudar. De acordo com uma pesquisa global, realizada por Philips Avent em 2019; no cenário internacional, 81% dos pais gostariam de estar mais envolvidos no período de amamentação. O estudo mostrou ainda que 88,69% das mães brasileiras acreditam que são necessárias mais informações sobre como os parceiros podem apoiá-las nesse período.

Cinthia conta que em situação de pega ou posicionamento inadequados é fundamental ter ajuda. “É mais fácil quando alguém olha de fora e nos ajuda: mais para cima, a cabeça está torta, barriga com barriga etc. A mulher algumas vezes não consegue perceber! É comum durante a consulta eu pedir auxílio ao pai para “encaixar” o bebê no seio; pois após a saída da consultora, ambos precisarão reproduzir o que foi ensinado.” Explica.

Após passado os desafios iniciais, o olhar do pai para a amamentação consiste em garantir que quem amamenta possa se dedicar a isso sem outras preocupações

É na madrugada que a ajuda falha, não é fácil mesmo acordar durante a madrugada. Algumas vezes a companhia já é uma grande ajuda. Outras vezes pegar o bebê quando acorda, trocar a fralda e levar para amamentar na cama traz além de conforto um descanso extra.

É essencial falar aos pais que eles devem, sim, participar do momento da amamentação e ajudar o máximo possível. Mas é preciso ir além e dar informações de como esse apoio pode ser dado na prática. “Estar ao lado da mulher durante as mamadas, dar apoio emocional e incentivá-la; faz com que ela não se sinta sozinha. E consiga enfrentar os desafios mais facilmente.” Completa Cinthia.

O bebê diferencia o pai da mãe através do cheiro, entonação da voz e principalmente do jeito particular que cada um tem nos cuidados com o bebê. A participação do pai ajuda a estreitar o vínculo com o bebê mais cedo. É muito comum que esse vínculo afetivo aconteça mais tarde com os homens uma vez que, naturalmente, é a mãe quem está sempre presente no processo inicial de vida da criança. Além disso, com apoio do companheiro, a mulher tem muito mais chances de estabelecer e prolongar a amamentação.

A importância da participação ativa do pai na amamentação – Sobre Cinthia Calsinski

Enfermeira formada pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, especialista e Cardiologia pela Unifesp e Obstetrícia pelo Centro Universitário São Camilo. Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo. Atuação com ênfase no atendimento humanizado ao bebê, à mulher e à família, consultoria domiciliar (cuidados com o bebê, parto, amamentação e terapia com laser).

 

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