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Escolas da cidade de SP não reabrem mais em setembro, segundo Bruno Covas

Escolas da cidade de SP não reabrem mais em setembro como anunciado há algumas semanas. Isso porque um inquérito sorológico realizado pela Prefeitura de São Paulo preocupa a gestão pelo risco de disseminação. O estudo foi feito com 6 mil estudantes entre 4 e 14 anos da rede municipal e apontou que 16,1% têm anticorpos para o novo coronavírus.

Por esse motivo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) descartou o retorno das escolas municipais e particulares em setembro, mesmo com liberação do governo estadual. O risco é muito alto de disseminação da doença entre crianças e adolescentes sem sintomas.

Também preocupa a estimativa de que 25,9% dos alunos da rede municipal moram com pessoas acima dos 60 anos, grupo de risco da covid-19. “Estamos falando de 250 mil crianças que moram muito provavelmente com avôs, avós, tios e tias com mais de 60 anos. E, portanto, podem agravar disseminação da doença nessa faixa etária da população, que é a que tem o risco de maior vulnerabilidade”, ressaltou Covas. “Retomar as aulas nesse momento, para a Prefeitura de São Paulo, significaria a ampliação do número de casos. A ampliação – em consequência – do número de internações e do número de óbitos.”

Escolas da cidade de SP não reabrem mais em setembro: volta às aulas em outubro

E a volta às aulas em outubro? Essa é a pergunta de todos nós. O retorno em outubro ainda será avaliado. Dados de outros três inquéritos, que incluirão também alunos de instituições privadas e estaduais, também serão analisados. Serão avaliadas ainda informações de contaminação dentro das mesmas famílias.

Segundo Covas, é muito mais complicado manter o distanciamento dentro da sala de aula, do que em bares, restaurantes, supermercados, lojas, estabelecimentos já autorizados para o retorno.

Porém…

O Governo de São Paulo mantém a reabertura no dia 08 de setembro. Porém avisou que a decisão é das prefeituras. Isso vai de acordo com o Plano SP nas regiões que estão em fase amarela há mais de 28 dias, caso da cidade de São Paulo.

Escolas da cidade de SP não reabrem mais em setembro: detalhamento do inquérito

O inquérito colheu amostras de sangue venoso (com extração de soro). Foram 2 mil alunos do ensino infantil, 2 mil do ensino fundamental I e outros 2 mil do ensino fundamental II. Todos foram escolhidos de forma aleatória. O procedimento ocorreu entre 6 e 10 de agosto. Ao todo, a rede municipal tem 675.922 matriculados entre 4 e 14 anos.

Pela margem de erro, a prevalência varia entre 14,7% e 17,5%. Na divisão por etapas de ensino, houve pequena variação. Foram 16,5% entre alunos de 4 e 5 anos, 16,2% entre aqueles de 6 a 10 anos e 15,4% para os de 11 a 14 anos.

Como apontado nos inquéritos com adultos, a doença atingiu mais alunos pretos e pardos (17,8%) do que brancos (13,7%). Do total de crianças e adolescentes ouvidos, 74,1% fizeram distanciamento total. Enquanto 24,1% praticaram parcialmente e 1,8% não realizou. Além disso, 76,7% utilizam “sempre” máscaras em local público, 14,1% usam “a maioria das vezes”, 5,7% usam “de vez em quando”, 1,5% não utiliza e 2,1% não frequentam espaço público.

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