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Setembro Amarelo: depressão pós-parto é pauta abordada no mês dedicado à prevenção do suicídio

Depressão pós-parto é pauta abordada por enfermeira obstetra no mês da conscientização sobre a prevenção do suicídio

A enfermeira obstetra da UNIFESP Cinthia Calsinski ressalta a importância da atenção às evidências dos sinais da depressão pós-parto. O bebê acabou de nascer e a família está em festa, celebrando a nova vida. Ainda assim, a mãe se sente confusa com essa nova fase: há insegurança, medo e até tristeza. “Além das mudanças hormonais do período, há uma grande fragilidade emocional com as transformações de vida e responsabilidades que surgem”; conta Cinthia.

De acordo com uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública, mais de uma em cada quatro brasileiras apresenta sintomas de depressão pós-parto.

O sinal de alerta surge quando essa tristeza persiste e se torna um fardo, que impede as ações do dia a dia; e até mesmo a criação de vínculo afetivo com o bebê. É a chamada depressão pós-parto que, muitas vezes, é negligenciada por pura vergonha ou receio de julgamentos sociais. Estudo recente publicado por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos; indica que 10 a 20% das mães sofrem com abalos de humor significativos depois do nascimento do filho. E isso pode afetar negativamente o bem-estar físico e emocional tanto da mulher quanto do bebê. Só que expor tais sintomas é o primeiro passo para tratar o quadro.

Ter uma rede de apoio é fundamental para prevenir e tratar a depressão pós-parto

Assim, a mãe pode olhar apenas para seu filho, sem ter de se preocupar com as demais questões da rotina da casa. Ter alguém com quem desabafar também é essencial – pode ser uma amiga, um familiar ou até mesmo o pediatra.

“Em casos graves, a depressão pode se transformar em psicose puerperal. A mãe tem pensamentos suicidas e pode atentar contra sua vida e até contra a do bebê”; conta Cinthia. A mulher com esses sentimentos não deve se sentir envergonhada e deve, sim, procurar ajuda. “Estamos em Setembro Amarelo, quando falamos sobre a prevenção do suicídio e devemos nos atentar ao risco materno. Embora o período mais comum de a depressão pós-parto aparecer seja no primeiro mês do nascimento da criança, o problema pode acontecer ao longo de todo o primeiro ano de vida.”

 

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