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Coletivo Quizumba faz nova temporada da peça “Pequena história para um tempo sem memória”, no Sesc Bom Retiro

Na peça, o Coletivo Quizumba traz às crianças discussões sociais e políticas relevantes, como o período pós escravidão no Brasil. Além de musicais originais executadas ao vivo para toda a família

 

Comemorando dez anos de atividades, o Coletivo Quizumba faz temporada do quarto espetáculo do seu repertório, Pequena história para um tempo sem memória”. A temporada começa dia 25 de novembro, domingo, ao meio-dia, no Sesc Bom Retiro.

Com o objetivo de criar peças para crianças e jovens com discussões sociais e políticas relevantes na contemporaneidade, o grupo elegeu temas específicos para a peça. Como o período pós-abolicionista brasileiro, em que milhares de pessoas negras foram libertas da escravidão sem respaldo para se estabilizarem socialmente. E também a especulação imobiliária, uma das responsáveis por acentuar desigualdades sociais no país.

 

Enredo

A peça se inicia com a chegada de um grande Marabu (ave africana carnívora que pode chegar a mais de um metro de altura) a uma vila. Cheio de segundas intenções, ele pede abrigo na cidade, que se recusa a acolhê-lo. Cansado de negociar com os cidadãos, o Marabu rouba a árvore do tempo que protege o local. E num bater de asas muito forte, faz uma ventania que varre as memórias das cabeças das pessoas. Com exceção das memórias dos irmãos Muriquim e Dandará, que estavam escondidos dentro do tambor encantado da Dona Vó.

As crianças então conhecem Uxê, uma entidade que tem o poder de voltar no tempo e que levará as crianças em uma jornada capaz de devolver a memória de toda população. Na primeira viagem, os três vão parar no dia 14 de maio de 1888, apenas um dia depois da abolição da escravatura no Brasil. Lá se deparam com uma realidade bem diferente da que consta nos livros. Pois a população negra, ainda que livre, não contava com nenhum tipo de suporte da sociedade para conquistar empregos. Além de não terem estabilidade social, entre outros direitos humanitários básicos.

Enquanto isso, na vila, o grande Marabu começa a implementar seu verdadeiro plano, que é encher a cidade de prédios e empreendimentos imobiliários. Como o Marabus Village Garden Hill e o Marabu Center Plaza. A ave usa a seu favor um grande conhecimento de recursos tecnológicos e grava vídeos e lives para seus seguidores nas redes sociais.

Em outro momento da jornada de Uxê, Dandará e Muriquim, os três vão parar em uma região de São Paulo no início do século XX. Onde milhares de famílias estavam sendo despejadas de suas moradias em nome da modernização da cidade.

 

Sobre o Coletivo Quizumba

O Coletivo Quizumba foi fundado por artistas e educadores formados pelo Instituto de Artes da UNESP, Escola Livre de Teatro de Santo André e SP Escola de Teatro. E surgiu em 2008, com a proposta de debater e realizar ações artísticas que nos provocassem a refletir sobre questões estéticas e políticas contemporâneas. Com foco no estudo da historiografia e da formação cultural do Brasil e nos símbolos das culturas africanas e afro-brasileiras.

 

Serviço Passeios Kids:

Coletivo Quizumba na peça: “Pequena História Para Um Tempo sem Memória”, no Sesc Bom Retiro.

Dias e horários: De 25 de novembro a 12 de dezembro. Domingos, ao meio-dia.

Local: Teatro do Sesc Bom Retiro

Endereço: Alameda Nothmann, 185 – Bom Retiro, São Paulo.

Capacidade: 291 pessoas.

Classificação: Livre.

Duração: 60 minutos.

Ingressos: R$ 17 (inteira), R$ 8,50 (meia) e R$ 5 (credencial pena).

Site: www.sescsp.org.br

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