Mostra em exibição no CCBB possui 42 obras criadas por artistas do Brasil, EUA, Japão, Suíça, França, entre outros
O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (CCBB SP), localizado no Centro Histórico, está com a exposição Playmode em exibição. A mostra explora o potencial lúdico dos games, e convida toda a família a participar por meio de experiências sensoriais e conceituais. E olha só que bacana: tem até game de simulação! A entrada é gratuita mediante retirada dos ingressos pelo site ou na bilheteria. Quem tiver interesse em conferir a mostra pode ir com a criançada ao local até 16 de janeiro de 2023.
Ao todo, são 42 trabalhos de artistas e coletivos de 14 países diferentes. Esses trabalhos ocuparão do térreo ao 4º andar do CCBB SP.
Sobre a exposição
As obras simbolizam a revolução digital que vivemos. Além disso, apresentem, pela linguagem da tecnologia, as necessidades básicas humanas de interagir, de se espelhar no outro e de resistir à imobilidade.
A Playmode foi exibida pela primeira vez no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT de Lisboa, em Portugal. E desembarcou no Brasil, neste ano, nos CCBBs Belo Horizonte e, depois, no Rio de Janeiro. Após a temporada na capital paulista, a mostra segue para Brasília.
A exposição tem patrocínio da BB Asset Management, gestora de fundos que oferece soluções de investimentos simples e inovadoras. Ela, tradicionalmente, apoia projetos de alto valor cultural, como essa mostra, disseminando a cultura por meio do livre acesso à arte. Ao realizar Playmode, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de se relacionar com formas renovadoras de apresentação da arte. Além disso, democratiza o acesso a obras nacionais e internacionais que proporcionam novas visões de mundo e convidam à reflexão.
Organização e destaques da mostra
Térreo e 4º andar
É no térreo que o público será apresentado à proposta de Playmode. Dessa forma, é possível ompreender desde o início como o jogo serve a diferentes propósitos que levam à reflexão – evasão à realidade, construção e transformação social, subversão ou crítica dos próprios mecanismos da brincadeira. Lá se encontra uma das obras mais emblemáticas da exposição: o “Xadrez Auto-Criativo”, (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda. A instalação propõe uma reformulação desse jogo clássico. Os seis tabuleiros distribuídos nas mesas, previamente determinados pelos artistas, demonstram jogadas possíveis com as quais o público poderá interagir a partir de regras do xadrez.
Já no 4º andar aborda-se a experiência lúdica dos jogos como uma possibilidade de gerar novas leituras acerca de acontecimentos passados. Isso serve como ponto de partida para uma reflexão ampla sobre o papel dessas brincadeiras na sociedade. Serve para reflitir também sobre a maneira como elas contribuem para a formação de nossas identidades. É nesse andar que se encontra o “Cubo de Dados” (1970), de Nelson Leirner. A peça se vale desses quadrados clássicos para brincar com a geometria espacial. E transforma a forma cúbica simples em uma escultura fractal.
O trabalho de Jaime Lauriano, presente neste andar, é embalado pelo futebol. “Morte Súbita” (2014) é um vídeo em que pessoas aparecem com a camisa da seleção brasileira. Elas cobrem seus rostos, refletindo o poder do futebol no país na década de 1970.
Lauriano avança na temática com a “A Taça do mundo é nossa”. A obra é uma réplica do troféu Jules Rimet da Copa de 1970. Nessa Copa, o Pelé encantava os brasileiros. Enquanto isso, regimes repressivos se consolidavam em diversos países da América Latina. Os dois trabalhos do artista refletem sua marca de correlacionar aspectos sociais para causar reflexão e emoção.
3º andar
No 3º andar, entra em cena o mundo digital, com vídeos e games que questionam a presença das crianças no mundo dos adultos. Eles apresentam uma discussão sobre regras fixas e interações sociais livres. Assim, são apresentados jogos mais sóbrios e artísticos. Eles explicitam uma agenda ativista e pedagógica – em forte contraste aos clássicos jogos de entretenimento –, convocando a atenção dos visitantes e fazendo-os pensar de forma crítica sobre sistemas sociais, políticos e religiosos.
Um dos destaques desse momento é o vídeo “For a Better World” (2012), da artista portuguesa Priscila Fernandes. Nele, crianças são mostradas na KidZania, famoso parque de diversões de Lisboa (Portugal), brincando em ambientes hospitalares, supermercados, entre outros locais de trabalho. Assim, a criança aprende desde cedo como que funciona a mecânica da vida adulta.
2º e 1º andar
Por fim, os 2º e 1º andar concluem a exposição com brincadeiras e jogos que convidam os visitantes a ensaiarem novas formas de transformar a realidade. Compreendendo que os games contribuem para a mudança de comportamentos. Os jogadores acabam sendo levados a sonhar com soluções para o mundo real. Ao mesmo tempo,podem ser treinados para as mais questionáveis tarefas. Assim, as obras presentes nesses espaços fazem o seguinte apelo: coloque-se no lugar do “outro”.
Um exemplo é “Everything” (2017), de David OReilly. Ele presenta um game de simulação em que o jogador pode explorar diferentes criaturas e objetos, adquirindo paisagens e planetas,. Enquanto isso, tem acesso a citações narradas pelo filósofo Alan Watts, conhecido por popularizar reflexões filosóficas de pensadores clássicos e modernos.
A questão indígena também tem vez na mostra. Em “Huni Kuin” (2016), o antropólogo Guilherme Menezes apresenta um jogo de videogame sobre a cultura do povo indígena Kaxinawá, do norte do Brasil. Ao interagir com a obra, o visitante descobre alguns mitos e histórias dessa etnia, a partir da trajetória de dois irmãos Huni Kuin.
Concebido em conjunto com indígenas, antropólogos, artistas e programadores, o jogo sugere reflexões sobre como os processos colaborativos podem contribuir para questionar o lugar dos humanos no planeta Terra. Foram quatro anos de desenvolvimento do projeto que pode ser conferido em Playmode.
De todos os cantos
Em Playmode estão obras de artistas, coletivos e estúdios do Brasil, EUA, Japão, Suíça, Croácia, Grécia, França, Nova Zelândia, Irlanda, Bélgica, Itália, Portugal, República Tcheca e Alemanha. São eles: Aram Bartholl, Bill Viola + Game Innovation Lab, Bobware, Brad Downey, Brent Watanabe, Coletivo Beya Xinã Bena + Guilherme Meneses, David OReilly, Filipe Vilas-Boas, Harum Farocki, Isamu Noguchi, Jaime Lauriano, Joseph DeLappe, Laura Lima + Marcius Galan, Lucas Pope, Mary Flanagan, !Mediengruppe Bitnik, Milton Manetas, Molleindustria, Nelson Leirner, Pippin Barr, Priscila Fernandes, Raquel Fukuda + Ricardo Barreto, Samuel Bianchini, Shimabuku, Tale of Tales (Auriea Harvey e Michaël Samyn) e The Pixel Hunt.
Sobre a Asset Management
A BB Asset Management é líder da indústria nacional de fundos de investimento. Tem patrimônio líquido sob gestão de R$ 1,435 trilhão em recursos e 20,12% de participação de mercado, conforme ranking de Gestores de Fundos de Investimento da Anbima, de agosto de 2022. Oferece soluções de investimento inovadoras e sustentáveis para todos os perfis de investidores. Além disso, sua excelência em gestão é atestada por duas importantes agências de rating – Fitch Rating e Moody´s.
Serviço Passeios Kids:
Exposição Playmode
Datae e horários: Até 16/01/2023, todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças.
Classificação indicativa: De acordo com cada obra
Entrada gratuita. Porém, é necessário adquirir os ingressos com antecedência clicando aqui ou pela bilheteria do CCBB
CCBB
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP
Horário de funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Estacionamento conveniado: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. No trajeto de volta, tem parada na estação República do Metrô. As vans funcionam entre 12 e 21h.
Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. Táxi ou aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Para mais informações: (11) 4297-0600
Site: www.ccbb.com.br/sao-paulo