Uma boa notícia! SP anuncia produção de vacina contra coronavírus até junho de 2021. A Coronavac é fruto de uma parceria do Instituto Butantan com a Sinovac Biotech. Em entrevista coletiva nesta quinta (11/06), o governador João Doria enfatizou que este é um dia “histórico para São Paulo e para o Brasil”. “O mundo contabiliza mais de 100 vacinas em desenvolvimento, mas apenas 10 atingiram a fase de testes. E com esta vacina poderemos imunizar milhões de brasileiros”, segundo o governador.
Segundo o governador, a vacina contra a covid-19 está na terceira fase de testes, que é o último estágio antes da distribuição. Os testes clínicos da vacina em 9 mi voluntários no País devem iniciar a partir de julho. “Se comprovada a eficácia, o Instituto Butantan terá o domínio da tecnologia para fornecimento da vacina ao SUS até junho de 2021.
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SP anuncia produção de vacina contra coronavírus até junho de 2021
Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, contou que a vacina, feita com vírus inativado, já passou pelas fases 1 e 2 na China. Segundo ele, a vacina é uma das mais avançadas. Contém fragmentos do vírus e tem uma tecnologia dominada pelo Instituto Butantan, que é a mesma da dengue. “Uma vez sendo segura a vacina, será feito o registro na Anvisa. Em um primeiro momento, essa vacina pode vir da China e depois poderá ser produzida em grande escala aqui pelo Butantan”, disse.
Os testes iniciais foram feitos em macacos e os e resultados foram publicados na revista Science. Na fase 1, os testes foram feitos com 144 voluntários na China. Já na fase 2, também na China, são 600 voluntários.
SP anuncia produção de vacina contra coronavírus até junho de 2021: eficácia da vacina
É importante calibrar as expectativas. Segundo Dimas, até a fase 2 a vacina se mostrou efetiva, mas não é certeza de que realmente vai funcionar. “Agora é um desafio de campo. Vamos ver se protege, qual o grau de proteção. É uma grande evolução. Ela é promissora”, afirmou o diretor do Butantan.
Importante compartilhar que para ser eficaz em seres humanos, deve-se alcançar pelo menos 85% de eficácia. De acordo com Doria, os testes deverão ser feitos em 9 mil voluntários brasileiros. Os grupos prioritários para aplicação da vacina são os de maior risco, como idosos e pacientes com comorbidades.
As fases da vacina
- Fase exploratória ou laboratorial: Fase inicial ainda restrita aos laboratórios. Momento em que são avaliadas dezenas e até centenas de moléculas para se definir a melhor composição da vacina.
- Fase pré-clínica ou não clínica: Após a definição dos melhores componentes para a vacina, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em experimentações in vitro.
- Fase clínica: É a testagem do produto em seres humanos em três fases:
- Fase 1 – a primeira etapa tem por objetivo principal testar a segurança do produto. São testados poucos voluntários, de 20 a 80, geralmente adultos saudáveis.
- Fase 2 – a segunda etapa da testagem em seres humanos analisa mais detalhadamente a segurança do novo produto e também sua eficácia. Em geral, é usado um grupo um pouco maior, que pode chegar a centenas de pessoas.
- Fase 3 – na última etapa o objetivo é testar a segurança e eficácia do produto especificamente no público-alvo a que se destina. Nesta etapa, o número de participantes pode chegar a milhares. Mesmo depois da aprovação, nova vacina continua sendo monitorada, em busca de eventuais reações adversas.
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