A nossa experiência na FILE 2016

Fomos conhecer o File 2016 – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, que é o evento mais importante de arte e tecnologia da América Latina e termina no próximo domingo, dia 28/08, no Centro Cultural da Fiesp-Ruth Cardoso, com entrada gratuita.

A nossa resposta para quem pergunta se vale a pena levar criança é: Com certeza! Quase todas as obras são interativas e o espaço se torna um grande playground para toda a família – os adolescentes piram com tanta tecnologia e as crianças querem mexer em tudo (as fotos da Lulu falam por si rs).

São 331 trabalhos, divididos entre instalações interativas, obras de realidade virtual com uso de óculos 3D, games, animações, videoarte, net arte, arte sonora e performances.

Fomos no sábado (20) e pegamos uma fila bem chatinha para entrar, mas como tínhamos preferência (crianças de até 2 anos têm) foi tranquilo. Logo que entramos nos deparamos com esse painel de imagens geradas em tempo real a partir de dados numéricos: “The Indivisible”, do japonês Norimichi Hirakawa. Colorido e em constante movimento, é um dos pontos preferidos dos visitantes na hora de tirar fotos da exposição. A Lulu adorou e pediu para a mamãe tirar várias fotos 🙂

 

Uma das obras prediletas da Lulu é a “Kalejdoskop”, da alemã Karina Smigla-Bobinski, que é um objeto espacial que pode ser usado de muitas maneiras. Quando tocado, o líquido colocado embaixo do painel de plástico se move e deixa tudo cheio de cor. Como se fosse possível brincar com tinta sem sujar as mãos.

 

A outra é a instalação inspirada em uma enorme teia de aranha a “Tape Sao Paulo”, dos croatas e austríacos Sven Jonke, Christoph Katzler & Nikola Radelijkovic. A caminhada por entre seus túneis suspensos rendeu muitas risadas, esforço e cliques. A obra é confeccionada com 32 quilômetros de fitas adesivas fabricadas especialmente para a obra, extrapolando o espaço da Galeria de Arte SESI-SP, chegando até a calçada da Avenida Paulista. Para acessar essa obra você enfrentará fila de cerca de 20 minutos em média (entram grupos de 4 pessoas a cada 2 a 4 minutos).

Tem ainda o “Metamorphy”, do francês Gregory Lasserre, uma obra interativa, visual e sonora, convida a tocar e explorar a profundidade de um véu semitransparente. Essa pele simbólica tem uma elasticidade que é incorporada dentro do processo de metamorfose: o véu é deformado quando interagimos e torna-se novamente rígido quando paramos de tocá-lo. A Lulu foi e voltou umas três vezes.

Ela também gostou da “Perspection”, dos canadenses Matthew Biederman & Pierce Warnecke, que explora a percepção do espaço por meio do uso de imagens e sons multiestáveis projetados de forma orientada e áudio espacializado.

Chamam a atenção da criançada ainda o “Robinson”, objeto que lembra as antigas máquinas automoventes que entretinham reis e rainhas com seus diálogos utópicos sobre cidadania e filosofia: os autômatos.

E o “ETcolor”, do brasileiro Marcio Ambrosio, que é um jogo performático, cujo mestre Pantone tem o poder de escolher e ordenar a captura de uma cor. Os seus súditos, os ETcolors, precisam procurar a cor desejada pelo mestre. É uma ótima opção de aprendizado das cores para as crianças e distração enquanto aguardam a fila do “Be boy, Be girl”, que demora em média cerca de 10 a 20 minutos.

O experimento multissensorial em 4D “Be boy, Be girl”, dos holandeses Frederik Duerinck e Marleine van der Werf. Envolvendo visão, audição, tato e olfato, a obra põe em pauta a questão do gênero de um jeito diferente. Por meio de óculos especial, o visitante entrará em um cenário praiano podendo ver e sentir todos os elementos típicos desse ambiente. O inusitado da experiência, é que o visitante poderá escolher viver essas sensações no corpo de uma mulher ou de um homem. Aqui, a diversão é dos pais e das crianças maiores porque as menores não terão paciência para esperar e dificilmente entenderão o conceito.

Ponto de vista da Lulu: Sem dúvida as obras que ela mais gostou e pediu para voltar foram Kalejdoskop, a Tape Sao Paulo e a Metamorphy. Quando saímos disse que gostou muito e se podíamos voltar. Sinceramente, até deu vontade. A dica é tentar ir durante a semana que com certeza estará mais vazio.

Serviço Passeios Kids:

Evento: FILE 2016

Local: Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso – SESI – Av. Paulista, 1.313 – Cerqueira Cesar, São Paulo

Data e horário: Até domingo, 28/08, das 10h às 20h (com entrada até 19hh40)

Valor: Gratuito

Faixa etária: livre

Telefone: (11) 3146-7405

Mais informações aqui

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Família no Parque